Bagagem, Imago - 1976 |
Adélia prado publicou"Bagagem", seu primeiro livro, em 1976, aos 40 anos e já mãe de cinco filhos. O motivo está na autocrítica que ela faz da sua obra. Lido e recebido com empolgação por Carlos Drummond de Andrade, que indicou a publicação do livro.
O coração disparado, Nova Fronteira - 1978 |
"O Coração disparado"aprofunda um dos temas que se tornaria marca de sua obra: A RELIGIOSIDADE
Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira - 1981 |
Essas poesias, publicadas pela primeira vez em 1981, revelam uma crise na vida da autora, marcada pela proximidade da velhice e pela perda de algumas certezas religiosas.
O pelicano, Rio de Janeiro - 1987 |
A faca no peito, Rocco - 1988 |
Publicado em 1988, o livro é centrado em Jonathan, personagem que se refere tanto a deus quanto ao sexo masculino ou à crença religiosa. Ela congrega a promessa e a fuga, a realização e o desejo, a eterna busca.
Oráculos de maio, Siciliano - 1999 |
Adélia valoriza o cotidiano e o texto oralizado, fazendo uma homenagem à virgem Maria e dedicando-lhe vários poemas
A duração do dia, Record - 2010 |
Depois de 10 anos sem publicar um livro de poesia, Adélia Prado retora ao gênero que a consagrou e confirma por que é uma das melhores poetisas do nosso país. Seu olhar único sobre as coisas aparentemente desimportantes do cotidiano revela a perplexidade e o encantamento da vida.
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Solte os cachorros, Nova Fronteira - 1979 |
Estréia de Adélia na prosa, SOLTE OS CACHORROS,publicado originalmente em 1979, mostra os desafios de uma mulher de 40 anos. Como sugere o título, aqui a autora abre o verbo, se mostra sem censura. Fala sobre amor, relacionamentos, religião, vida e morte.
Cacos para um vitral, Nova Fronteira - 1980 |
Os componentes da banda, Nova Fronteira - 1984 |
O homem da mão seca, Siciliano - 1994 |
Terceiro livro e, prosa da escritora mineira, conta a história de Antônia e Thomaz, casados há 30 anos. A idéia de que a fraqueza humana é um dom permeia a história
Manuscritos de Felipa, Siciliano - 1999 |
Antes fosse tudo culpa da má arbitragem e estresse muscular, conforme disse o torcedor sobre a derrota de seu time. Mas não é. A vida não é um jogo de futebol, em que pese minha tendencia genética de dramatizar o mais normal dos acontecimentos. Sendo uma pessoa sobre o natural, sujeita a intermitentes espasmos de estresse psíquico, estou de novo me sentindo cansada, após quatro anos de relativo repouso. minha libido está desaparecendo, a cara do medo dá o ar de sua graça.
Filandras, Record - 2001 |
Neste livro a autora revela uma contista sedutora e sutil por trás da aclamada poeta. Segundo dicionários "filandras" seria, entre outras definições, 'fios delgados e longos', flocos que esvoaçam pelo ar e cobrem os vegetais'. os contos de Adélia neste livro são realmente Filandras - delicados fios esvoaçantes. Quando os alcançamos se desfazem como sonhos. As 43 histórias do livro podem, certamente, ser lidas separadamente. Mas ganham uma outra dimensão quando se começa a unir os fios, os pequenos detalhes que revelados em cada uma delas permitem construir a vida de seus personagens.
As personagens de "Filandras" - mulheres simples do interior e seu cotidiano - revelam aos poucos uma personalidade forte, mesmo quando submissas. Todos os contos têm como personagem principal mulheres. Em que mulheres: A avoadora Olinda; A racional Célia; A sedutora Calixtinha; A insegura Ester. carolas em crise, amélias, devotas e apaixonadas.
Em uma segunda análise, as mulheres de Adélia são todas as mulheres do mundo. Repletas de nuances e fases (como a lua). Em análise, por exemplo, a protagonista dispara: "Natureza de mulher é de obedecer, de admirar, de servir, natureza e formiga, de abelha operária e gata no borralho, senão, meu deus, não sobra espaço para ela virar Cinderela".
Assim como as mulheres, o sentido de religioso está presente em grande parte dos contos do livros, retratando parte da realidade da vida no interior do Brasil. muitas vezes, Adélia opta por expor conflitos entre o sagrado e o profano, como em Luz em resistência. Uma mulher revela seus pensamentos e desejos com um homem proibido. Ao mesmo tempo que a autora desvela o desejo, também cria barreiras ao homem, ora como um amigo, ora como um amante.
Filandras trata de amor, de desejo, de coisas e gentes a conquistar e as que ficaram pelo caminho - perdidas, largadas, esquecidas. Uma sinuosa viagem pelos caminhos do coração. Numa narrativa extremamente pessoal, Adélia volta a temas recorrentes em sua literatura: avida provinciana, a religiosidade, as cores do campo, num espelho de sua própria experiência.
Quero minha mãe - Record - 2005 |
Uma mulher vivendo a experiência da proximidade da morte é o universo de "Quero Minha Mãe". Por meio de uma narrativa fragmentada, com pequenos instantes recortados da vida e da consciência da personagem - que apresenta, uma perspectiva nova da protagonista, por meio de uma linguagem que entremeia o cotidiano, a subjetividade da personagem e os fatos narrados -, vamos conhecendo a alma de Olímpia, que, aos 60 anos, intui que está chegando a sua hora de morrer. Com uma linguagem forte, bela e poética, Adélia Prado reflete, com maestria, sobre um dos temas mais complexos da literatura e da própria vida. O que só comprova o seu indiscutível talento literário e o seu lugar entre os mais aclamados autores de língua Portuguesa.
Quando eu era pequena - 2006 |
"Quando eu era pequena" narra uma bela história sobre as lembranças da autora: sua infância com os avós, as brincadeiras e as descobertas numa cidade do interior. Um livro emocionante!
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